domingo, 15 de abril de 2012

A Carroça de Mamulengos - Emerson Monteiro

Um clã organizado que viaja o Brasil produzindo arte popular através de espetáculos circenses, eis o retrato resumido dessa trupe de artistas formada de irmãos da mesma família para festas de intensa alegria, músicas e cores, mostradas em praça pública, revivendo no palco das ruas e praças do Cariri as boas noites do que oferece silenciosa felicidade, aos olhos brilhantes de crianças atenciosas ao novo que recebem.

O prenúncio desse grupo de artistas remonta 1975, em Brasília, quando seu idealizador, Carlos Gomide, trabalhava de junto do diretor de teatro Humberto Pedrancini, em outro grupo chamado Carroça. Ano seguinte e conheceria o espetáculo Festança no reino da mata verde, do Mamulengo Só Riso, assim reforçando o gosto pelo teatro de bonecos.

Em 1978, Carlos conheceu Antônio Alves Pequeno (Antônio do Babau), mestre brincante paraibano da cidade de Mari, buscando-o em 1979 para desenvolver o aprendizado nos espetáculos dos bonecos. Um ano e meio de convivência seria o suficiente para o discípulo estruturar o conjunto de bonecos da mesma brincadeira e receber permissão do mestre para levar adiante a tradição milenar em viagens pelo País, isto que vem informado no site do grupo na Internet.

Em 1982, ainda no Distrito Federal, se incorporou ao elenco das peças a teatróloga Schirley França, futura esposa de Carlos Gomide, de cuja relação nasceriam os oitos filhos do casal que compõem a base atual da caravana artística que nos visita: Maria, Antonio, Francisco, João, Pedro, Mateus, Luzia e Isabel.

Na melhor qualidade desses espetáculos, em turnê patrocinada dentre outros pela Petrobras, a Carroça de Mamulengos alimenta o encanto da arte espontânea dos terreiros, feiras e festivais, essência natural das manifestações coletivas de cunho popular, o que traduze em termos presentes os primórdios da Grécia mais antiga, naquilo que chamaram ditirambo, fonte arcaica do teatro moderno e do cinema industrial.

Desta maneira, revivem sonhos e vivências comunitárias em ações plenas de música, dança, jogos, diversões, folguedos, confraternização, força pulsante dos universos da beleza inesperada, isso diante da tecnologia artificiosa destes dias massificados da artificialidade vendida aos borbotões nos vídeos distanciados da gente.

Nossos votos de boas vindas e sucesso à Cia. Carroça de Mamulengos nas cidades do Cariri que desfrutam a luminosidade dos instantes mágicos que traz ao povo.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

PEÇA DE TEATRO DEFENDE O SÍTIO FUNDÃO

A CIA. CEARENSE DE TEATRO BRINCANTE (Crato-CE) reapresenta seu mais novo sucesso de público. Um grande espetáculo que resgata e valoriza a cultura popular e a mitologia sertanejo-universal numa aventura em que se defende a preservação da natureza.



"A DONZELA E O CANGACEIRO"
Texto e Direção de Cacá Araújo 
Música de Lifanco

Março
17 (sab), 18 (dom) - Teatro Rachel de Queiroz (Crato-CE)
20 (ter) - Centro Cultural banco do Nordeste (Juazeiro do Norte-CE)
23 (sex) - Teatro do SESC (Juazeiro do Norte-CE)
24 (sab), 25 (dom) - Teatro Rachel de Queiroz (Crato-CE)
31 (sab) - Teatro Rachel de Queiroz (Crato-CE)

Abril
1º (dom) - Teatro Rachel de Queiroz (Crato-CE)

Sinopse:

A ambição desmedida do homem rico, a ganância cruel do norte-americano e a trama infernal vinda das trevas ameaçam o Sítio Fundão, importante reserva ecológica brasileira. As forças do mal, lideradas pelo Bode-Preto, entram em disputa ferrenha pelo domínio da área, mas são enfrentadas pela legião do bem, liderada pela Caipora, deusa protetora da natureza. Somente o amor pode salvar o sítio da destruição total. Um enigma, proferido pela esfinge de Seu Jefrésso, contém o segredo capaz de restabelecer a paz e a harmonia. Donzela Flor, símbolo de pureza, precisa ser desencantada. O cangaceiro Edimundo Virgulino, valente e destemido, luta com bravura para salvar o sítio e conquistar o coração da donzela.


Proposta do espetáculo:

Ao abordar a ecologia e o meio ambiente a partir de motivo factual doméstico, neste caso a luta pela preservação do Sítio Fundão, importante reserva ecológica na zona urbana na cidade do Crato-CE ameaçada de extinção, o espetáculo amplia o foco ao propor uma leitura da gana imperialista capitaneada pelos USurpAdores das riquezas alheias. Envereda também pelo universo histórico e mítico do homem nordestino e universal, revisitando o cangaço e o mito da Caipora numa história fantástica, mas embrenhada “na” e “de” realidade.

A Donzela e o Cangaceiro é um projeto cênico que dá prosseguimento à determinação do autor em buscar a afirmação de uma dramaturgia nordestina alinhada ao resgate e à difusão da cultura tradicional popular, fundada na expressão do imaginário do povo, nas lendas, nos mitos, nos causos, nas aventuras, nos romances, na história, nos mistérios que habitam a alma afoita e brincante do sertanejo, cujo sangue saltitante se perpetua no riso e na dor, na graça e no sofrimento, na desventura e na esperança.


Elenco:
Personagem/Ator (em ordem de entrada)

Mateus – Cacá Araújo
Catirina – Françoi Fernandes
Pafúncio Pedregôso – Franciolli Luciano
Cafuçú – Paulo Henrique Macêdo
Feiticeira Catrevage – Jonyzia Fernandes
Vicença – Raquel Silva / Rosa Waleska Nobre
Dona Colombina – Rosa Waleska Nobre / Samara Neres
Donzela Flor – Charline Moura
Caipora – Orleyna Moura
Troncho Sam – Márcio Silvestre
Edimundo Virgulino – Jardas Araújo
Bode-Preto – Joênio Alves
Seu Jefrésso – Paulo Fernandes

Técnicos:

Texto e Direção – Cacá Araújo
Assistência de Direção – Orleyna Moura
Música – Lifanco
Sonoplastia – Cacá Araújo e Lifanco
Figurino e Maquiagem – Joênio Alves
Cenografia e Iluminação – Cacá Araújo
Cenotécnica – França Soares, Saymon Luna e Mestre Galdino
Aderecistas – Willyan Teles, Marlon Torres e Cristiano de Oliveira
Criação e execução de efeitos sonoros – Lifanco e os atores
Instrumentalização e efeitos – Lifanco e os atores
Operação de Luz – Laumiro Pereira
Operação de Som – Babi Nobre
Confecção de figurino – Ariane Morais
Guarda-Roupa – Luciana Ferreira
Cinegrafia – Antonio Wideny (Toyota)
Fotografia – Gessy Maia e Mônica Batista

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Versos e cantorias - Emerson Monteiro

Este final de semana, de 10 a 12 de março de 2012, corresponde à realização, em Crato, do Seminário do Verso Popular em sua terceira edição, que, desta vez, corresponde aos 21 anos de existência da Academia dos Cordelistas do Crato, e consta do programa exposições, painéis, palestras, conferências, homenagens, oficinas de xilogravura e cordéis, minicursos, feiras, mesas redondas, apresentações de trabalhos científicos, sessões de vídeos, recitais, lançamentos de cordéis, posse de novos acadêmicos, apresentações de humor e música regional, numa festa da cultura popular nordestina digna dos melhores encômios.

A coerência cultural com que se criou, no tempo certo de duas décadas passadas, a Academia dos Cordelistas do Crato ora resulta no patrimônio universal dessa literatura, circunscrevendo o âmbito das manifestações artísticas do mundo inteiro qual mérito de registro necessário.

O Nordeste brasileiro preserva suas origens medievais como nenhum outro território deste mundo, enquanto a fundação dessa instituição do verso popular aqui reúne valores exponenciais em grupo de riqueza ímpar. Autores talentosos, de oficina própria e edições que já remontam a casa dos dois milhares, atualizadas fontes da leveza das rimas e do gênero, a fonte primeira da grande literatura em juventude perene.

De particular, noticio, pois, fortes sentimentos da satisfação experimentada nestes momentos do Seminário de Verso Popular do corrente ano. Houve blocos distintos na sede da Academia, no Largo da RFFSA e no SESC - Crato. Ocorreu, concomitante, a distribuição de obras editadas pelo Projeto Livro de Graça na Praça, idealização exitosa do mineiro José Mauro da Costa, pioneiro dessa função de expandir o livro ao povo nos quatro cantos do País, também um dos conferencistas do evento, no domingo à noite. E no sábado à cantoria dos jovens expoentes da atual cantoria, Ismael Pereira e Jonas Bezerra, testemunhas autênticas do menestrel sertanejo, provas inconteste da sapiência humana por meio dessa expressão natural do verso violado.

No decorrer das manifestações, as presenças de Josenir Lacerda, Tranquilino Ripuxado, João do Crato, Mana do Romualdo, Dalinha Catunda, Pedro Costa, Eugênio Dantas, João Nicodemos, Miguel Teles, Abidoral Jamacaru, Jorge Carvalho, Pedro Bandeira, Bastinha, Poeta Nascimento, Maércio Lopes, Ginevaldo, Pedro Ernesto, Luciano Carneiro, Arievaldo, Gildemar, Willian Brito, Anilda Figueiredo, Wiliana, Carlos Henrique, Sandra Alvino, Chico Pedrosa, Maria do Rosário, Higino, Moreira de Acopiara, Ulisses Germano, Seu Zezé, Alexandre Lucas,Vicente, Vandinho Pereira, Aldemá de Morais, Zé Joel, Raul Poeta, Nizete, Manuel Patrício, dentre outros da intelectualidade caririense, razões do sucesso das ações desenvolvidas. Para formar juízo claro da importância do acontecimento, veio dele participar o autor Gonçalo Ferreira da Silva, atual Presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Fideralina Augusto Lima - Emerson Monteiro

Eu nasci 30 anos depois que ela desapareceu, e no mesmo pouso de onde comandara o seu clã, o Sítio Tatu, em Lavras. Desde cedo ouvi falar em minha trisavó, Fideralina Augusto Lima, avó de meu avô Amâncio e de minha avó Lídia, primos e naturais do tronco familiar.

Ela nascera na Vila de São Vicente Ferrer das Lavras, no dia 24 de agosto de 1832, filha de Isabel Rita de São José e do Major João Carlos Augusto.Pelo lado materno, era bisneta de Francisco Xavier Ângelo, Capitão-Mor e Comandante-Geral da Vila de São Vicente Ferrer das Lavras. Filha mais velha dentre onze irmãos, casara com o Major Ildefonso Correia Lima, Capitão da 1.ª Companhia do Batalhão n.º 28 e Major Fiscal da Guarda Nacional de Lavras. O casal teve 12 filhos. Proprietária rural em Lavras, possuía também prédios residenciais na sede da Vila e em Fortaleza, gado e negros que lhe serviam como escravos.

Viúva ainda cedo, sozinha educaria os filhos através de rígido sistema, nos moldes da época. Gostava dos trabalhos de fiar e rendar varandas de rede, nas horas quando livre das fainas rurais. Era católica, dedicada ao Ofício de Nossa Senhora. Construíra no Tatu uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição.

Fideralina participou ativamente da vida política do Ceará, elevando alguns de seus filhos a postos importantes, no município de Lavras e no Estado. Dentre esses, Gustavo Augusto Lima, o meu bisavô, chegaria à Presidência da Assembleia Legislativa, cargo que desempenhava quando foi assassinado, no ano de 1923, na Praça do Ferreira, em Fortaleza, por conta de retaliação a morte ocorrida em luta da qual participaram membros da família no ano anterior.

Vítima de febre, Fideralina Augusto Lima faleceria no dia 16 de janeiro de 1919, no Sítio Tatu, em Lavras da Mangabeira CE.

Vistas as ações austeras e intempestivas que empreendera, deixou na história a legenda de matriarca carrancista que as tradições familiares e dos conterrâneos insistem preservar, herança rude dos tempos áridos que cruzou com dignidade, ora inspiração a livros e poemas consagrados pelo Sertão nordestino.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

PARQUE ESTADUAL DO SÍTIO FUNDÃO CONTINUA ABANDONADO

MENTIRA OU VERDADE?!

DISSE O GOVERNADOR: “EU NÃO SABIA QUE A RESERVA ECOLÓGICA DO SÍTIO FUNDÃO ESTAVA ASSIM... ABANDONADA!”


Por Ed. Alencar


Foto feita em 11 de setembro de 2011. Atualmente quase nada existe.


No dia 22 de dezembro de 2011, quando chegou a cidade do Crato para receber o titulo de cidadão cratense e inaugurar as praças reformadas para o Natal, o governador foi surpreendido com a única manifestação pacífica e silenciosa na cidade. Quando ocupou o palanque da Praça Siqueira Campos, viu surgir em meio à multidão uma faixa, apresentada pelos representantes da família do ecologista Jeferson  da Franca Alencar, que lhe cobravam explicações sobre o abandono da reserva. Em seguida, foi entregue em suas mãos documentos que comprovam, através de textos e fotos, as destruição e vandalismo dentro do Parque, em especial a degradação do velho engenho de pau secular, única relíquia da região. 

Ao folhear os documentos, enquanto falavam os oradores, o governador Cid chamou até o palanque o ex-presidente do CONPAM André Barreto, articulador da compra da reserva, encarregando-o ali de uma missão como seu porta-voz para um levantamento dos problemas do Parque.

Ao término da solenidade, o  governador concedeu entrevista  à imprensa,  dizendo  não  saber  do que estava acontecendo com a reserva . Enfatizou: fiquei sabendo agora, através da faixa e dos documentos que recebi. Concluiu: não quero ser DESMORALIZADO com o que assumi no Crato, assinando uma ordem de serviço perante autoridades e a sociedade. Pedi ao André Barreto que fizesse um relatório dos problemas que o parque está passando. Perguntado por que ele ainda não havia visitado o parque que ele criou, respondeu que já havia visitado a reserva por duas vezes. MENTIRA OU VERDADE?! Pois até hoje não consta nenhum registro de sua visita ao Parque.

Após 30 dias dessas promessas, nesta 2ª feira 30 de janeiro, o governador Cid Gomes e André Barreto se encontraram em Juazeiro do Norte, para o “VEREDICTO” do relatório apresentado, o que deverá ser anunciado em breve.
     
Enquanto isso o velho engenho, desprotegido das chuvas e do sol, voltou a RUIR. Parte de sua estrutura, desprendeu-se com as últimas chuvas da semana que passou. Lamentavelmente, é uma vergonha o descaso do governo com aquela história secular, que se destrói por falta de uma lona de plástico.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Os povoadores Efetivos do Cariri na visão do Padre Antonio Gomes - Antonio Correia Lima – TOINHO (*)



Na qualidade  de historiador e pesquisador da área de genealogia, em especial, das famílias que deram origem à região do Cariri, não posso deixar de ressaltar a minha admiração pelo excelente trabalho do Padre Antonio Gomes.
Vendo    A CIDADE DE FREI CARLOS ( 1971) no subtítulo “MITO DA DESCENDÊNCIA”  ( da p. 104 a 112) que o nobre pesquisador diz que  “de 1703 a 1800 aproximadamente  70 pessoas requereram e obtiveram , em datas e sesmarias, terras no Vale do Cariri”. Mas que na verdade essas pessoas “não se fixaram  e radicaram em seus sesmos. Neles não constituíram  família nem pessoalmente  valorizaram a terra”. 
Que esses  sesmeiros “ agiram à distância, de seus domínios longínquos. Alguns por meio de prepostos temporários. Todos venderam suas terras sesmeiras a retalho, a prepostos, a rendeiros, a colonos espontâneos que iam  chegando ao vale. Estas categorias de compradores  é  que foram os povoadores efetivos do vale. Que  Vale do Cariri os que, de 1714 a 1725, requereram  e obtiveram terras residiam nos vales do Jaguaribe  , do São Francisco e nas Alagoas”.
 Nesse sentido, Padre Gomes  ressalta apenas uma exceção, que é o caso da família Alencar, que descende de Leonel de Alencar Rego que era genro do sesmeiro Antonio de Sousa Gulart, que em 1718 já estava fixado no Salamanca ( hoje Barbalha).
Finaliza dizendo que “em verdade, não descendemos  dos sesmeiros oitocentistas, e, sim, dos que lhes adquiriram  as terras sesmeiras – os povoadores efetivos do Cariri.
Vedo a relação de nomes que o Padre Gomes diz serem os verdadeiros povoadores do Cariri,(  os detentores de patentes )fico a pensar onde entram  na história aquelas famílias simples que foram os  verdadeiros desbravadores da nossa região.
Padre Gomes fez a sua parte, agora farei a minha, dando continuidade na descoberta dos descendentes dos nomes citados abaixo, como também,  dos que foram deixado de lado  no árduo trabalho do sacerdote, afinal de contas, quem povoou a região não foram apenas os coronéis.
Vejamos a relação dos principais patriarcas do Cariri, segundo Padre Gomes fundamentada em vasta documentação da época.
Alexandre Correia  Arnaud(Capitão); Antonio da Cruz Neves (Tenente); Antonio Gonçalves Dantas (Capitão),; Antonio José Batista e Melo (Tenente  - coronel); Antonio Lopes de Andrade (Coronel); Antonio Macedo Pimentel. Antonio Manuel de Jesus (Capitão); Antonio Moreira  dos Santos (Capitão); Antonio Pereira  Gonçalves Martins Parente; Antonio Pereira de Brito(Capitão),; Antonio Pinheiro Lôbo, (Capitão), situado no Vale  em 1734; Arnaud de Holanda Correia (Sargento – mor  ) Bartolomeu Martins de Morais (Capitão); Caetano  Gonçalves de Souza(Alferes; Coronel Luiz Furtado Leite e Almeida (Tenente); Domingos Álvares  de Maros (Capitão – mor  ); Domingos Gonçalves Sobreira (Capitão), Domingos Paes Landim (Capitão); Francisco  Xavier  das Chagas (Capitão); Francisco de Magalhães  Barreto e Sá  (Capitão), sediado no   Cariri em 1744; Francisco Ferreira da Silva, (Capitão),  sediado no  vale  em 1736; Francisco Gomes de Melo (Capitão); Francisco Pinto da Crus (Capitão); Francisco Roberto de Menezes (Sargento – mor  ); Gonçalo Coelho de Sampaio (Alferes), sediado no Vale em 1748; Gonçalo de Oliveira Rocha (Tenente); Gregório Pereira Pinto (Tenente);  Inácio de Figueiredo Arnor, (Capitão),  sediado no Vale em 1735; João Correia Arnaud (Capitão); João Fernandes de Morais (Alferes); João Gomes Leitão(Capitão); João Machado Jorge; José  de Sá Souto Maior (Capitão),, situado no vale em 1744; José Dávila de Figueiredo (Capitão); José de Caldas  Costa; José de Oliveira Rocha ( Tenente); José dos Montes e Silva (Ajudante), situado no Vale  em 1739;  José Paes Landim ,(Capitão),, sediado no Vale em  1731; José Pereira Mascarenhas (Capitão); José Quesado Filgueiras Lima (Tenente);  Luiz da Rocha Pita (Capitão); Manuel Cardoso Viana (Capitão); Manuel de São João Madeira (Doutor); Manuel Gonçalves Parente; Manuel Prudente  do Espírito Santo (Tenente);  Silvestre Ribeiro da Silva (Capitão); Simão  Cabral de Melo(Alferes), fixado no Vale  em 1743.
Antonio Correia LIMA – TOINHO é graduado em História pela Universidade Regional  do Cariri – URCA- 2008, e se dedico ao estudo genealógico da Região do Cariri. É editor  Blog  ALGUMAS FAMÍLIAS CARIRIENSES.