terça-feira, 31 de janeiro de 2012

PARQUE ESTADUAL DO SÍTIO FUNDÃO CONTINUA ABANDONADO

MENTIRA OU VERDADE?!

DISSE O GOVERNADOR: “EU NÃO SABIA QUE A RESERVA ECOLÓGICA DO SÍTIO FUNDÃO ESTAVA ASSIM... ABANDONADA!”


Por Ed. Alencar


Foto feita em 11 de setembro de 2011. Atualmente quase nada existe.


No dia 22 de dezembro de 2011, quando chegou a cidade do Crato para receber o titulo de cidadão cratense e inaugurar as praças reformadas para o Natal, o governador foi surpreendido com a única manifestação pacífica e silenciosa na cidade. Quando ocupou o palanque da Praça Siqueira Campos, viu surgir em meio à multidão uma faixa, apresentada pelos representantes da família do ecologista Jeferson  da Franca Alencar, que lhe cobravam explicações sobre o abandono da reserva. Em seguida, foi entregue em suas mãos documentos que comprovam, através de textos e fotos, as destruição e vandalismo dentro do Parque, em especial a degradação do velho engenho de pau secular, única relíquia da região. 

Ao folhear os documentos, enquanto falavam os oradores, o governador Cid chamou até o palanque o ex-presidente do CONPAM André Barreto, articulador da compra da reserva, encarregando-o ali de uma missão como seu porta-voz para um levantamento dos problemas do Parque.

Ao término da solenidade, o  governador concedeu entrevista  à imprensa,  dizendo  não  saber  do que estava acontecendo com a reserva . Enfatizou: fiquei sabendo agora, através da faixa e dos documentos que recebi. Concluiu: não quero ser DESMORALIZADO com o que assumi no Crato, assinando uma ordem de serviço perante autoridades e a sociedade. Pedi ao André Barreto que fizesse um relatório dos problemas que o parque está passando. Perguntado por que ele ainda não havia visitado o parque que ele criou, respondeu que já havia visitado a reserva por duas vezes. MENTIRA OU VERDADE?! Pois até hoje não consta nenhum registro de sua visita ao Parque.

Após 30 dias dessas promessas, nesta 2ª feira 30 de janeiro, o governador Cid Gomes e André Barreto se encontraram em Juazeiro do Norte, para o “VEREDICTO” do relatório apresentado, o que deverá ser anunciado em breve.
     
Enquanto isso o velho engenho, desprotegido das chuvas e do sol, voltou a RUIR. Parte de sua estrutura, desprendeu-se com as últimas chuvas da semana que passou. Lamentavelmente, é uma vergonha o descaso do governo com aquela história secular, que se destrói por falta de uma lona de plástico.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Os povoadores Efetivos do Cariri na visão do Padre Antonio Gomes - Antonio Correia Lima – TOINHO (*)



Na qualidade  de historiador e pesquisador da área de genealogia, em especial, das famílias que deram origem à região do Cariri, não posso deixar de ressaltar a minha admiração pelo excelente trabalho do Padre Antonio Gomes.
Vendo    A CIDADE DE FREI CARLOS ( 1971) no subtítulo “MITO DA DESCENDÊNCIA”  ( da p. 104 a 112) que o nobre pesquisador diz que  “de 1703 a 1800 aproximadamente  70 pessoas requereram e obtiveram , em datas e sesmarias, terras no Vale do Cariri”. Mas que na verdade essas pessoas “não se fixaram  e radicaram em seus sesmos. Neles não constituíram  família nem pessoalmente  valorizaram a terra”. 
Que esses  sesmeiros “ agiram à distância, de seus domínios longínquos. Alguns por meio de prepostos temporários. Todos venderam suas terras sesmeiras a retalho, a prepostos, a rendeiros, a colonos espontâneos que iam  chegando ao vale. Estas categorias de compradores  é  que foram os povoadores efetivos do vale. Que  Vale do Cariri os que, de 1714 a 1725, requereram  e obtiveram terras residiam nos vales do Jaguaribe  , do São Francisco e nas Alagoas”.
 Nesse sentido, Padre Gomes  ressalta apenas uma exceção, que é o caso da família Alencar, que descende de Leonel de Alencar Rego que era genro do sesmeiro Antonio de Sousa Gulart, que em 1718 já estava fixado no Salamanca ( hoje Barbalha).
Finaliza dizendo que “em verdade, não descendemos  dos sesmeiros oitocentistas, e, sim, dos que lhes adquiriram  as terras sesmeiras – os povoadores efetivos do Cariri.
Vedo a relação de nomes que o Padre Gomes diz serem os verdadeiros povoadores do Cariri,(  os detentores de patentes )fico a pensar onde entram  na história aquelas famílias simples que foram os  verdadeiros desbravadores da nossa região.
Padre Gomes fez a sua parte, agora farei a minha, dando continuidade na descoberta dos descendentes dos nomes citados abaixo, como também,  dos que foram deixado de lado  no árduo trabalho do sacerdote, afinal de contas, quem povoou a região não foram apenas os coronéis.
Vejamos a relação dos principais patriarcas do Cariri, segundo Padre Gomes fundamentada em vasta documentação da época.
Alexandre Correia  Arnaud(Capitão); Antonio da Cruz Neves (Tenente); Antonio Gonçalves Dantas (Capitão),; Antonio José Batista e Melo (Tenente  - coronel); Antonio Lopes de Andrade (Coronel); Antonio Macedo Pimentel. Antonio Manuel de Jesus (Capitão); Antonio Moreira  dos Santos (Capitão); Antonio Pereira  Gonçalves Martins Parente; Antonio Pereira de Brito(Capitão),; Antonio Pinheiro Lôbo, (Capitão), situado no Vale  em 1734; Arnaud de Holanda Correia (Sargento – mor  ) Bartolomeu Martins de Morais (Capitão); Caetano  Gonçalves de Souza(Alferes; Coronel Luiz Furtado Leite e Almeida (Tenente); Domingos Álvares  de Maros (Capitão – mor  ); Domingos Gonçalves Sobreira (Capitão), Domingos Paes Landim (Capitão); Francisco  Xavier  das Chagas (Capitão); Francisco de Magalhães  Barreto e Sá  (Capitão), sediado no   Cariri em 1744; Francisco Ferreira da Silva, (Capitão),  sediado no  vale  em 1736; Francisco Gomes de Melo (Capitão); Francisco Pinto da Crus (Capitão); Francisco Roberto de Menezes (Sargento – mor  ); Gonçalo Coelho de Sampaio (Alferes), sediado no Vale em 1748; Gonçalo de Oliveira Rocha (Tenente); Gregório Pereira Pinto (Tenente);  Inácio de Figueiredo Arnor, (Capitão),  sediado no Vale em 1735; João Correia Arnaud (Capitão); João Fernandes de Morais (Alferes); João Gomes Leitão(Capitão); João Machado Jorge; José  de Sá Souto Maior (Capitão),, situado no vale em 1744; José Dávila de Figueiredo (Capitão); José de Caldas  Costa; José de Oliveira Rocha ( Tenente); José dos Montes e Silva (Ajudante), situado no Vale  em 1739;  José Paes Landim ,(Capitão),, sediado no Vale em  1731; José Pereira Mascarenhas (Capitão); José Quesado Filgueiras Lima (Tenente);  Luiz da Rocha Pita (Capitão); Manuel Cardoso Viana (Capitão); Manuel de São João Madeira (Doutor); Manuel Gonçalves Parente; Manuel Prudente  do Espírito Santo (Tenente);  Silvestre Ribeiro da Silva (Capitão); Simão  Cabral de Melo(Alferes), fixado no Vale  em 1743.
Antonio Correia LIMA – TOINHO é graduado em História pela Universidade Regional  do Cariri – URCA- 2008, e se dedico ao estudo genealógico da Região do Cariri. É editor  Blog  ALGUMAS FAMÍLIAS CARIRIENSES.