Por mais que a gente não queira, se envolve nesses assuntos de governo, quando a população, nas urnas, permitiu aos administradores públicos cuidarem da sorte do povo do jeito que lhes aprouver. Ainda assim, coça por dentro uma vontade de falar qualquer palavra de cidadão no quadro que se estabeleceu.
É que se formou uma espécie de cabo de guerra entre os gestores do Município cratense e o Executivo estadual quanto ao jeito certo de resolver, daqui para adiante, onde funcionará o Parque de Exposições Pedro Felício Cavalcanti.
O tema esquentou mais durante o evento deste ano de 2011, pois cada vez o local fica menor para tanto movimento. A cidade passa por crise de, no mínimo, dez dias diferentes, com carros de todo canto do Brasil a encherem as vias do centro e dos bairros, sem lugar de circular, de estacionar, etc. A selvageria das alturas do som na área dos shows, que ninguém consegue diminuir, nem tem a quem reclamar, judiando, prejudicando a paz, ensurdecendo gerações e gerações, além de incomodar sobremaneira os bichos expostos lá em cima, transtornando as imediações e intranqüilizados as famílias que moram perto.
Bom, segundo aqueles com quem converso, pode haver mais disciplina, inclusive no que diz respeito aos estandes trazidos, aos segmentos e à seleção, talvez controle impossível nesses tempos de mercantilização e dinheiro, a interessar os organizadores da festa tradicional de 60 anos.
Outros pretendem que modernizar o parque no ponto ora existente resolve, que possui área de expansão no sentido Canfundó. Enquanto que o Governo oferece o projeto pronto de deslocar as atividades para o Sítio Palmeiral, nas bandas dos brejos, entorno da Avenida do Contorno.
Em resumo, a querela estabelecida virou domínio público. Impasses, impasses, e nenhum entendimento que pacifique e inicie as construções futuras. Até falam em possível consulta popular através de um plebiscito.
No entanto, prezadas autoridades, há de existir dose suficiente de sensatez nos juízos dos gestores para equilibrar a balança, porquanto é hora de providenciar soluções urgentes, invés de esperar outro ano de contradições para avançar alternativas sem que nada aconteça até a nova edição do apreciado acontecimento, afinal em suas mãos depositamos a nossa confiança.